O objetivo deste Blog é informar as pessoas sobre os mais variados assuntos, os quais não se vê com frequência nas mídias convencionais e ajudar a esclarecer duvidas sobre a nossa complexa realidade.

Aqui irei expor textos, reflexões, videos, imagens e etc. relacionados com os seguintes assuntos:
Psicologia, Teologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia, Sociologia e o funcionamento do sistema em geral.

Não esperamos que acreditem no que é apresentado aqui sem primeiro investigar por vocês mesmos, e nós insistimos que vocês o façam!
O que é postado aqui são apenas perspectivas e não "verdades absolutas", com isso quero dizer que não tentarei convence-los, mas estimula-los a irem além do que conhecem, ou acreditam conhecer.
Busquem informação e ajudem a dissemina-la! Com informação vem conhecimento, com conhecimento sabedoria, a sabedoria lhe aproxima da verdade.... e a verdade o libertará!
Ouça a todos, não siga ninguém.
A única revolução é a SUA Evolução da Consciência!

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O Poder do Mito - Joseph Campbell

Série de entrevistas com Joseph Campbell(1904-1987), famoso mitólogo norte-americano. Seus estudos independentes levaram-no a uma análise profunda das ideias dos psicólogos Carl Jung e de Sigmund Freud. Altamente influenciado pela psicanálise Jungiana, Campbell escreveu em 1949, o livro "The Hero with a Thousand Faces"(O Herói de Mil Faces), que eu recomendo a todos que gostam de mitologia e querem entender como ela está intimamente relacionada com a os padrões da mente humana.

Essas entrevistas contém, de maneira resumida, boa parte do trabalho e mensagem de Campbell, onde ele nos mostra as conexões entre as diversas religiões mundo a fora, e busca compreender o porque de haver tantos mitos, e também o motivo pelo qual existem padrões que se repetem em diversas culturas, que até onde sabemos, jamais entraram em contato umas com as outras. Os motivos no caso, são nossos processos psicológicos e sentimentos que só podem ser transmitidos através de estórias. Determinadas conclusões podemos chegar apenas por experiência própria, os outros podem apenas nos indicar o caminho, você que precisa percorrer.

"The Doors of The Mind"
Nas fotos da imagem são:
Sigmund Freud e Carl Jung
Mitos nos mostram partes de nós mesmos, são indicadores do funcionamento da dinâmica da mente humana, é a interação entre os diversos aspectos inconscientes e arquétipos da psique (mente) humana, ou seja, as forças que operam em nosso mundo interior.
Na visão de Campbell os mitos não devem ser usados por instituições religiosas para manter as pessoas limitadas em um sistema de crenças especifico, devem ser usados como pistas que possam ajudar as pessoas a chegarem na experiência direta do "divino"(Gnose), aquilo que transcende o que é superficial. Como diria Bruce Lee, "é como um dedo apontando para o céu, não se concentre no dedo, ou você vai perder toda a glória celestial". As pessoas tem a tendencia de focar nos símbolos em si, e muitas vezes acabam por esquecer que seus significados são o que realmente importam. Por isso que algo que todas culturas que prezam pelo desenvolvimento humano falam sobre ter a coragem de ser um herói na vida cotidiana, enfrentar os monstros de sua mente, de olhar para dentro de si e não ter medo do que você pode encontrar, pois nas próprias palavras de Campbell:

"Deuses reprimidos se transformam em demônios, e geralmente são esses demônios que encontramos primeiro quando voltamos a olhar para dentro."
— Joseph Campbell

As entrevistas de "O Poder do Mito" são divididas em 6 temas e um extra:
  1. A Saga do Herói
  2. A Mensagem do Mito
  3. Os Primeiros contadores de Histórias
  4. Sacrifício e Felicidade
  5. O Amor e a Deusa
  6. Máscara da Eternidade
  7. Entrevista com George Lucas (criador da saga Stars Wars)

Episódio 1
Muito antes dos cavaleiros medievais se encarregarem de matar dragões, os contos de aventuras heroicas já faziam parte de todas as culturas mundiais. Campbell nos desafia a ver a presença de uma jornada heroica em nossas vidas e destaca a importância da imaginação em nossa existência.

Episódio 2
Campbell analisa o que é o mito em si e para que serve. Também compara a história da criação do Gênesis bíblico com as histórias de criação no mundo de outras culturas. Por causa das constantes mudanças mundiais, a religião deve ser transformada e novas mitologias devem ser criadas. Hoje em dia, as pessoas se apegam a mitos que não lhes têm serventia alguma.

Episódio 3
Campbell discute o papel do ritual de passagem nas sociedades primitivas, o papel dos Xamãs místicos e o declínio do ritual na sociedade atual.


Episódio 4
Campbell discute o papel do sacrifício no mito, que simboliza a necessidade do renascimento. Ele enfatiza a necessidade de cada um encontrar o seu lugar sagrado neste mundo tecnológico e acelerado.


Episódio 5
Campbell fala sobre o amor romântico, começando pelos trovadores do século 12 e o conto sobre Tristão e Isolda. Também questiona a imagem da mulher que, no tempo "pagão" era adorada como deusa, mas com o monoteísmo sua função e imagem mudaram drasticamente.

Episódio 6
Campbell proporciona visões interessantes sobre os conceitos de Deus, religião e eternidade, como foram revelados nos ensinamentos cristãos e nas crenças dos budistas, dos índios Navajo, Schopenhauer, Jung e outros. Foi sua última entrevista. Semana depois, Campbell vem a falecer.

Extra
Entrevista com George Lucas
Sétima e ultima parte do documentário, adicionada em uma edição feita alguns anos após a morte de Campbell, onde George Lucas fala sobre a influencia de Campbell em sua vida e na criação da história de Star Wars. "A importância do que Campbell diz é notada quando, diante seus ensinamentos, perguntamos a nós mesmos: por que estou escrevendo essa história? O que faz ela valer a pena ser escrita e lida? O que faz dela especial? O que ela tem para a humanidade? E apenas encontramos respostas para essas perguntas quando olhamos para nós mesmos e descobrimos nosso papel nesse mundo como artistas. E para isso, precisamos encontrar nosso lugar na própria humanidade."


OBS: Se os videos não funcionarem vou disponibilizar aqui um link para download de toda série:



Postagens relacionadas:

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Os Segredos do Ocultismo

Arvore da Vida
Este brilhante documentário da Discovery deixa claro e com evidências que a ciência nasceu da espiritualidade e de todo um processo de evolução e estudos em torno do Ocultismo.

Este é de longe o melhor e mais completo documentário sobre a história do ocultismo. Apesar de que muito é deixado de fora, pois é abordado apenas fatos historicamente conhecidos.

Ocultismo (em latim: occultus "escondido, secreto, oculto") é um conjunto de filosofias, teorias e práticas cujo objetivo seria desvendar os segredos da natureza, do Universo e da consciência. Portanto, oculto significa escondido, não necessariamente é algo satânico ou demoníaco, embora existam grupos que fazem usos ignorantes de conhecimentos diversos (sobre a mente humana, a natureza da realidade, o que é consciência, como a energia flui pelo universo, os padrões que compõem a existência, etc) que são escondidos da população em geral. Esses conhecimentos se tornaram ocultos graças a perseguição de idéias inovadoras, as pessoas criaram medo em relação ao assunto, tornando isso um tabu (qualquer assunto ou comportamento inaceitável ou proibido em uma determinada sociedade), o que gerou a distorção dos conceitos expressados dentro das filosofias que saiam do senso comum, permitindo que atrocidades como a inquisição (perseguição de pessoas que desafiavam os conceitos estabelecidos pelas elites da época) acontecessem.

Vale lembrar que esse post não é sobre os ditos "illuminati", até porque não há um grupo chamado "illuminati", no entanto, existem muitos grupos e irmandades que têm e usam o conhecimento "arcano". Alguns grupos usam o arcano para a obtenção de esclarecimento e para ajudar os outros, e outros usam a mesma informação para controlar as pessoas e dominar o planeta. Para esclarecer, arcano é um termo com origem do latim "arcanus" que significa misteriosoenigmático ou ainda melhor, oculto. Este conhecimento não é magia no sentido de paranormal, mas é a psicologia oculta, que por exemplo o marketing usa, é o conhecimento de como induzir as pessoas através de sugestões mentais, é a arte de usar símbolos para manipular a consciência humana.

O Observador preso na Ilusão
Nos tempos atuais não existem mais "segredos dos illuminati" do ponto de vista esotérico. Hoje em dia você pode encontrar a maioria dos "segredos" na internet ou em livros, se você sabe onde olhar, até 50 anos atrás, era difícil conseguir um livro sobre a Cabala ou magia e agora tudo que você tem a fazer é pesquisar no Google e há uma seleção incrível para escolher. Isto é simplesmente porque em nosso mundo moderno tais informações ditas "esotéricas" não representam mais uma ameaça para a capacidade do establishment para controlar as massas, portanto, o sistema já não investe mais em mantê-los em segredo. Nos dias de hoje o que te trará problemas com "eles" não é quando você sabe muito sobre Cabala ou Alquimia (tal como foi no caso dos Templários, por exemplo), mas quando você sabe muito sobre os esquemas das corporações, dos laboratórios farmacêuticos, bancos, políticos, e qualquer tipo de grupo que detêm poder financeiro e pretendem se manter no poder.



*** *** ***
Os Mágicos

A Codificação Secreta - William Cooper



Para expandir suas perspectivas sobre o assunto sugiro também estes artigos:
E para quem desejar ir mais além, certamente este site é um dos melhores sites brasileiros sobre ocultismo:


Artigos Relacionados:

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A Dualidade


Yin (Lado Preto): Vazio, Frio, Sombra, Abstrato, Subjetivo, "Caos", Feminino
&
Yang (Lado Branco): Forma, Calor, Luz, Lógico, Objetivo, "Ordem", Masculino.

A dualidade é uma das formas que a Fonte (Singularidademanifesta-se, onde Yang tende a se expandir, se afastar do centro, se tornar mais complexo, gerando variações e Yin tende a contrair, ir em direção do centro, retornar a simplicidade da unidade.

Alguns exemplos que dei acima estão relativos a interpretação, eu cito-os apenas para mostrar como é inerente desta existência a interação entre os "opostos", mas que na realidade não são opostos, apenas diferentes processos dentro do mesmo campo de existência, que em suma, funciona como um grande processo só. Para demonstrar como estas forças não são opostas, mas complementares, cito o exemplo maravilhosamente oferecido pela Psicologia Gestalt, a ideia de Figura e Fundo, que postula que a mente não pode reconhecer objetos sem a presença de um fundo, da mesma maneira que não perceberíamos a existência de um fundo sem a presença de objetos, nem que seja em um aspecto bidimensional, como exemplificado nas imagens do Teste de Rorschach. Normalmente pensamos em preto e branco como algo que se anulam mutuamente, mas, imagine uma situação hipotética onde existisse apenas preto, isso seria o mesmo que ser cego, nada existiria, nada importaria. O mesmo se aplica caso houvesse apenas branco. É somente através do contraste que percebemos a existência de algo, como o exemplo de preto e branco, que são diferentes, mas implicitamente eles são um processo.

As polaridades ditas opostas não devem ser interpretadas como "bem" e "mal", pois isso é uma criação da mente humana, é uma questão de opinião, de preferências, optamos pelo que nos é agradável e não pelo o que é desagradável, mas na realidade não existe tal coisa, a Singularidade não opina, ela é.
Uma visão mais apropriada seria falar em termos de "positivo" e "negativo", mas novamente, um precisa do outro para existir, da mesma maneira como você não tem como saber se está certo a não ser que alguém esteja errado. Assim como o "nada"("negativo") e o "tudo"("positivo") precisam um do outro para existir, pois o nada não seria nada se não houvesse um conteúdo para compararmos o que cada um é, da mesma maneira o conteúdo não poderia existir se não houvesse um espaço no qual ele pudesse estar.

Temos o costume de ver as diferenças como uma dicotomia. Exemplo: a vida é diferente da morte, o bem é diferente do mal, a luz é diferente da escuridão, etc., embora isso seja verdade por um lado, de maneira oculta, ambas polaridades são diferentes partes de um processo só.
Uma dicotomia é uma divisão na qual o campo não é considerado como uma totalidade que possui suas características diferentes e interconectadas, mas como uma diversidade de forças não relacionadas e/ou competidoras entre si. O pensamento dicotomizado interfere na autogestão da consciência, pois gera tendências intolerantes em relação as diversidades que existem nas pessoas, nas situações e as varias faces da existência em si, que são muitas vezes paradoxais.

Existe grande importância em desenvolver o que Alan Watts chamava de "pensamento polar", apesar de não ser exatamente um pensamento e sim uma forma de percepção, onde a sensação e sentimento também estão envolvidos. O "pensamento polar" é ver a interconexão entre todas as coisas que parecem anularem-se mutuamente por serem "opostas". A importância nisso é enxergar a si mesmo de uma maneira completa, integrada, pois assim os conflitos podem ser usados de maneiras produtivas para gerar aprendizados e a criatividade necessária para transformarmos a nós mesmos, e assim o mundo. Sem essa visão abrimos espaço para o conflito, e este é o motivo pela qual os administradores da nossa sociedade se utilizam tanto da estratégia de dividir e conquistar.

O externo é reflexo do interno, e os administradores do mundo sabem disso. Toda a ignorância do mundo está dentro de cada um de nós, aquilo que chamamos de maldade está no coração humano, e eles se aproveitam da nossa ignorância, da nossa inconsciência sobre nós mesmos, para nos empurrarem de um lado para outro e servirem suas vontades.
É muito fácil cairmos na crença de que o mal mora no coração dos criminosos, dos traficantes de drogas, dos terroristas, das pessoas de caráter duvidoso, etc. A ideia de que mal mora no coração do outro é um dos pilares que sustenta a teia de ilusões disseminadas pelo Governo Oculto. Nós somos os co-criadores de tudo o que existe, um "pequeno" ato afetará toda existência, pois tudo está interconectado, e isso pode ser usado de maneira produtiva ou destrutiva.

  • Uma visão integradora
"Procurei por Deus e só achei a mim mesmo. Procurei a mim mesmo, e só achei Deus.”
— Proverbio Sufi

Buddha disse: "Aquele que tem a experiência de unidade da existência vê seu próprio ser em todos os seres, e todos seres em seu próprio ser, com isso ele vê tudo com olhos imparciais.", com essa percepção jamais faríamos mal a nossos irmãos.
Esse tipo de ensinamento, de que tudo é um, não costuma ser compartilhado na religião cristã com muita frequência, embora esteja na própria bíblia, segundo o profeta Isaías (45:5 e 7): "Eu sou o senhor e não há nada além de mim", "Eu formo a luz e crio a escuridão, eu trago a prosperidade e crio a desgraça, eu, o senhor, faço todas as coisas". O motivo disso não ser propagado entre os cristãos é porque abre espaço para o questionamento sobre o conceito que temos de "deus", e principalmente, quem somos nós e qual nosso papel, de fato, nesta existência. E isso não interessa aqueles que possuem monopólio sobre as crenças humanas, já que sem a nossa crença de medo da morte, de que nossa ganância é justificada, ou qualquer crença de preservação do "eu" nos afasta da conexão com a unidade, e portanto, da compaixão para com todos os seres vivos.

"Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor."
— 1 João 4:8

Amor não é apenas ter relação sexual, não é atração emocional ou intelectual, ou sequer uma “troca de energias”, e certamente o amor não é a fome do coração pelo afeto. O amor é uma poderosa vibração vindo direto da Fonte. O amor que falamos aqui não é uma emoção, na verdade, é um estado de consciência, uma forma de estar no mundo, uma maneira de ver a si mesmo e aos outros, é o que podemos chamar de empatia ou compaixão, mas no fundo é percepção que nós somos "o outro".
Apesar desta minha tentativa de definir amor, é importante destacar que o amor não pode ser definido, quando definimos algo estamos usando nosso intelecto para limitar este algo em conceitos e com isso deixamos de amar.
O amor não se encontra no pensar, nem no sentir, ele se encontra no ser.

  • A Dualidade na Cabala
A explicação da origem do Universo, segundo a Cabala, também se resume a dois personagens: a Luz(Yang) e o Recipiente(Yin). Num dado momento, a Luz, que é puro amor infinito, sentiu vontade de compartilhar todo aquele amor e criou o Recipiente, apenas para receber o que ela tinha a oferecer, numa união perfeita. Só que, um dia, de tanto receber amor, o Recipiente começou a absorver as características da própria Luz e também sentiu necessidade de compartilhar. Como a Luz não podia receber do Recipiente, pois ela já contém tudo que existe, este começou a se sentir inferior e usando de seu livre arbítrio, "se separou da Luz" e criou o seu próprio mundo, finito, limitado. Para a Cabala, esse é o instante que os cientistas definem como Big Bang, a criação do Universo a partir de uma gigante concentração de matéria e energia em um único ponto.

Para a Cabala, os seres humanos são descendentes diretos do Recipiente e portanto, essencialmente recebedores. Isso explica a imensa dificuldade de doar e compartilhar e o desejo de sempre receber. Basta observar as crianças. Antes de elas aprenderem a dividir com os amigos, são naturalmente egoístas e querem tudo para si. Faz parte da essência humana.

No fundo, não há nada de errado com o fato de desejarmos bens materiais e não-materiais. A grande questão é o propósito com que pedimos e o que fazemos com o que conquistamos. Nosso grande desafio no mundo da matéria é aprender a transformar o egoísmo extremo em que vivemos hoje – e que gera uma série de conflitos internos e externos – num ato de receber para compartilhar amor, alegria, bondade, tempo, saúde e conhecimento. Exatamente como desejava o Recipiente, no momento em que se separou da Luz.

  • A Separação
O Jogo de Tempo e Espaço
Destacar que a separação é uma ilusão é fundamental aqui, jamais podemos nos separar da totalidade, pois sem nós tudo que existe não seria tudo que existe, seria "tudo que existe, exceto nós".
A dualidade é só um JOGO, estamos dando forma a parte de nós que é abstrata. Essa realidade é real somente até certo ponto, mas mesmo sendo "real", não faz dela nossa verdade absoluta. E se existe uma verdade absoluta, ela certamente é o conjunto de verdades relativas, pois necessariamente precisa englobar tudo que existe. O que não existe simplesmente não existe, é impossível sequer imaginar a "não-existência".

Por isso a pergunta "porque nós existimos" é insignificante, pois nós precisamos existir. Colocando de outra maneira, a existência simplesmente é, a pergunta "porque a existência existe" é uma pergunta criada dentro da existência, portanto, a pergunta está subjugada à existência, mas a existência não está subjugada à pergunta. Além do mais, a característica fundamental da existência é existir, ela não precisa justificar a si mesma seu motivo de existir. Todas as coisas que nunca irão existir já não existem, não há espaço na "não-existência" para algo que existe. E como vimos aqui [A Ilusão de Tempo e Espaço: Matrix] todos os momentos (tempos) e todos os lugares (espaço) existem no eterno agora, portanto, nunca deixaremos de existir, apenas deixaremos de existir nesta forma que estamos vivenciando.

“Pois eu estou dividido pelo bem do amor; para haver a possibilidade de união.”
— "O Criador" (AL I:29) O Livro da Lei. 93

"Toda matéria é somente energia condensada em vibrações baixas, somos todos a mesma consciência tendo experiencias de maneira subjetiva. Não existe o que chamamos de morte, a vida é só um sonho, e nós somos a imaginação de nós mesmos"
— Bill Hicks 


  • Concluindo
Como historicamente essa visão de polaridade, Yin e Yang, foi popularizada pelo I-Ching, vou deixar abaixo sua descrição de como funciona a interação entre ambos os lados.
O I-Ching nos diz que para termos corpo e mente saudável é preciso estarmos em equilíbrio com Yin e o Yang, Para entendermos como podemos estar em harmonia entre ambas polaridades há 7 leis, ou padrões que a existência dualística segue, e 12 teoremas das possíveis combinações neste modo da energia interagir.

Os padrões são:
  1. Todo o universo é constituído de diferentes manifestações da unidade infinita;
  2. Tudo se encontra em constantes transformações;
  3. Todas as contrariedades são complementares;
  4. Não há duas coisas absolutamente iguais;
  5. Tudo possui frente e verso;
  6. A frente e o verso são proporcionalmente do mesmo tamanho;
  7. Tudo tem um começo e um fim.
Os teoremas são:
  1. Yin e Yang são duas extremidades de pura expansão infinita: ambas se apresentam no momento em que a expansão atinge o ponto geométrico da separação, ou seja, quando a energia se divide em dois, ou seja, no momento de criação deste universo;
  2. Yin e Yang originam-se continuamente da pura expansão infinita;
  3. Yang tende a se afastar do centro; Yin tende a ir para o centro; E ambos produzem energia;
  4. Yin atrai Yang e Yang atrai Yin; Yin repele Yin e Yang repele Yang;
  5. Quando potencializados, Yin gera o Yang e Yang gera o Yin;
  6. A força de repulsão e atração de todas as coisas é proporcional à diferença entre os seus componentes Yin e Yang;
  7. Todos os fenômenos têm por origem a combinação entre Yin e Yang em várias proporções;
  8. Os fenômenos são passageiros por causa das constantes oscilações das agregações dos componentes Yin e Yang;
  9. Tudo tem polaridade;
  10. Não há nada neutro;
  11. Grande Yin atrai pequeno Yin; o grande Yang atrai o pequeno Yang;
  12. Todas as solidificações físicas são Yin no centro e Yang na periferia.

"Não somos anjos ou demônios, somos os dois.”
— Carl Jung 
Por isso...
"A coisa mais assustadora que existe é aceitar a si mesmo completamente."
— Carl Jung
Mas...
"Não existe como criar consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, não importa o quão absurdo seja, para evitar encarar a própria alma. Não nos tornamos iluminados apenas imaginando figuras de luz, mas criando consciência da escuridão. Porém, esse procedimento é desagradável, portanto, não popular."
— Carl Jung
Entao...
"Aprenda a amar com todo o seu coração e aceitar o lado desagradável dos outros(e o seu). Qualquer um pode amar uma rosa, mas é preciso ter um grande coração para incluir os espinhos."
— Ditado Budista

Texto de Bernardo Sommer


Edit: Acho interessante mostrar esse vídeo abaixo, conectando com a ideia que citei no começo do texto sobre Rorschach, Figura e Fundo.
Lembrem-se que os ocultistas estão cientes dessas questões a séculos, milênios... E muitos nos passam isto de maneira codificada, em símbolos, filmes, musicas, etc. Não me sinto apto para julgar a intenção de todos eles, e isso é um tema para outro tópico, por isso deixo a musica abaixo para você interpretar, mas já aviso que essa legenda ta mal feita, recomendo que procurem a letra original.

Crazy - Gnarls Barkley


Veja também:

terça-feira, 21 de outubro de 2014

A Ilusão de Tempo e Espaço [Matrix]

OBS: Recomendo que quem estiver recém começando a estudar sobre estes assuntos primeiramente ver esta postagem: A Singularidade
  • O que é realidade?
Realidade significa em uso comum "aquilo que é", ou ainda "tudo o que existe" seja ou não perceptível, acessível ou entendido pela ciência, filosofia ou qualquer outro sistema de análise.
Mas o que é? Nós sabemos tudo que existe? Claramente não, e isto torna esse conceito algo muito relativo.
Vídeo de Introdução

  • A Ilusão
Quando Buda disse “Tudo é ilusão”, ele não quis dizer que nada é real. Ele quis dizer que as nossas projeções mentais sobre o que achamos que é a realidade são ilusões, e também quis dizer que os elementos que formam o universo e cada forma que nós vemos (solida, liquida, gasosa ou plasmática) se forem pegas e vistas a nível subatômico elas não existem de fato, ou pelo menos não existem como nós imaginávamos que elas existiam, como "matéria física", rígida. Portanto tudo que vemos é uma ilusão, por causa de seu molde ou forma e não por sua essência real. Para o Budismo tudo é a mente, e essa ideia vem ganhando espaço no âmbito cientifico atualmente, pois mesmo que haja um mundo fora de nós mesmos, toda a nossa percepção da realidade é um acontecimento dentro do nosso sistema nervoso.

Graças a física, a física quântica e a lógica, podemos começar entender de forma cientifica e simples como a realidade funciona e que esse termo pode ser muito relativo. Basta saber que todo universo conhecido é composto por átomos, e os átomos não são sólidos. Os elétrons orbitam em volta do núcleo, mas eles nunca se encostam, assim como você nunca encostou em nada na sua vida, pois os elétrons que orbitam o átomo se repelem (cargas negativas se repelem e o elétron é uma partícula negativa), logo o que você sente através do sentido não é nada mais que impulsos elétricos que trafegam em nosso sistema nervoso em direção ao cérebro, que por sua vez decodifica esses impulsos.

Toda essa "realidade física" de 3 dimensões(Altura, larguraprofundidade = Espaço. São 4 se você contar o Tempo. Não confundir Dimensões com Densidades/Planos) é percebida pelos nossos 5 sentidos, visão, audição, olfato, tato e paladar, que são todos apenas sinais elétricos interpretados por nossos cérebros.
Um bom exemplo disso são as imagens que você está vendo no seu computador, que são criadas a partir da interpretação digital de códigos binários. Em 1713  um matemático suíço, chamado Leibnitz, criou as bases do sistema matemático binário, onde os valores são expressos em função dos estados "1" (ligado, positivo) e "0" (desligado, negativo). Foi a partir daí que foi possível o desenvolvimento dos sistemas binários que é a base dos computadores.
Como podem meros números criarem tudo que vemos digitalmente? Como alguém criou isso? Foi possível porque a mente humana é programada para reproduzir padrões, a realidade digital é uma réplica mais ou menos similar a realidade que chamamos de "material". O próprio Leibnitz indicou a semelhança entre seu sistema binário e o I-Ching, que são 64 variações de Yin e Yang, ou seja, vazio e o conteúdo, negativo e positivo.
Sendo assim, podemos dizer que TUDO que ocupa espaço são partes de um sistema de códigos. Nossos corpos são um conjunto de códigos programados para interpretar mais codigos. Esse conglomerado ou esse conjunto de códigos que forma quem nós somos está contido numa "chave biológica" chamado DNA, o nosso Código Genético.

Conjunto de Mandelbrot + Cubo de Metatron
Pesquisar: Fractais
 Ao meu ver, devido a perfeição de toda criação em sua total complexidade, é seguro dizer que a estrutura do universo em que nós estamos tem um design inteligente por trás de sua criação, não de um "deus" que pensa e criou o universo, mas da consciência que É o universo.
Como vimos antes (Spirit Science), existem padrões matemáticos e geométricos específicos que se repetem em todos os aspectos da existência em uma forma ou de outra. Esses padrões são partes da estrutura, e são as chaves para compreendermos melhor a nossa consciência e como funciona essa matrix complexa que é a existência em si, mas isso é algo para o futuro, vamos manter o foco no tópico.
Também é importante destacar que esse texto expressa apenas uma visão sobre como essa estrutura de tempo e espaço funcionam, não é algo definitivo, estou dividindo meus estudos, vocês devem tirar suas conclusões baseadas em seus estudos.
  • A Estrutura
A física cartesiana considera espaço-tempo um sistema de coordenadas, dando a entender que o tempo também é um "local". Segundo a física cartesiana o universo funciona como uma máquina perfeita, um relógio cósmico com todas as suas engrenagens funcionando harmônica e automaticamente, sem intervenção de nenhuma força externa, a não ser a que originou essa estrutura (Singularidade), mas está força pode ser considerada também a estrutura em si, e não algo à parte dela. Se esse for o caso, isso significaria então que tudo já está determinado? Se tudo já está determinado como podemos fazer escolhas? Essa é a principal questão que quero abordar nesse texto: Escolhas. 
De fato, o "relógio" que chamamos de universo é perfeito (do latim: Perfetus - completo, acabado, feito, sem defeito, ideal), significando que está completo, não pode ser modificado, pelo menos não de dentro da estrutura. Essa afirmação não quer dizer que a sua vida já foi determinada, mas sim todas as possibilidades que a sua vida pode tomar dentro dessa máquina estão determinadas. Para entender isso é necessário compreender que somos nós que estamos atravessando o tempo e espaço, vivenciando sequências de eventos relativos a nossas escolhas(a nível consciente e inconsciente). Enquanto não existe um observador para perceber o que chamamos de realidade tudo se mantem em um estado de possibilidades (Pesquisar: Gato de Schrödinger) e não como fatos palpáveis.

Existem dois principais modelos sob qual as pessoas tendem a enxergar o Universo, o primeiro é a visão do mundo como uma criação, algo criado por um criador. Com a vinda da renascença e o surgimento da ciência foi descartada a ideia de um criador pelos intelectuais da época, mas o mesmos decidiram manter a ideia de criação, e então nasceu o segundo modelo, o qual podemos chamar de "totalmente automático", um Universo que fez a si mesmo. Essas duas visões são as que moldaram o pensamento ocidental nos últimos séculos.
Além destes dois modo de enxergar a existência, como uma "criação" ou como algo "totalmente-automático", eu gostaria de propor um terceiro modelo, que é muito comum em filosofias orientais como o Budismo e o Hinduísmo, algo que poderia ser chamado de "modelo dramático", onde o mundo não é algo feito ou criado, mas atuado, como uma peça em um teatro. A existência em si é o "drama" de deus, são bilhões de histórias sendo contadas das mais variadas maneiras, para que "tudo que é" enxergue as suas várias partes sem que elas anulem umas as outras. Deus nesse caso não seria apenas o criador, mas a própria criação, em outras palavras, a consciência está experimentando a si mesma dentro de si mesma, pois ela é tudo que existe.

  • Tempo e Espaço

Geometria do Torus.
Links1 e 2
Stephen Hawking cita no livro Uma Breve História do Tempo: "assim como o universo teve um princípio, nós poderíamos supor que tenha um criador", mas o criador que ele cita não é o deus bíblico, não é um deus pessoal, mas sim a Singularidade, a força por trás do Big Bang. Para Hawking, o Universo criou a si mesmo e não necessita de um criador à parte da sua criação. Também cita "estas leis (padrões pré-estabelecidos no momento da criação) podem ter sido decretadas originalmente por "deus", mas parece que ele tem deixado o universo evoluir segundo elas e não interveio até agora".
Um exemplo muito interessante que ele usou para explicar essa estrutura é o seguinte: Imagine uma bola com dois pontos, um representando o "começo"(Big Bang, a matéria sendo "expelida" da Singularidade) e o outro o "fim"(A matéria sendo comprimida de volta). Dentro dessa bola estão TODOS os eventos possíveis, e todas as possibilidades para esses eventos, sempre respeitando as leis da estrutura. Hawking disse que mesmo que a bola tenha um "começo" e um "fim", ela nunca termina, está sempre existindo, pois todos os momentos, todos os tempos e todos os espaços estão dentro dela.

A Singularidade
Seguindo essa lógica, de que só pode ser a nossa consciência que está em constante movimento através dessa realidade, e que o tempo não está em movimento, nós estamos, é importante destacar a importância de percebermos a eminente presença no agora, pois toda a percepção do passado está na nossa mente em forma de lembranças e formas-pensamento que montam a estrutura do ego, e todo futuro existe somente como projeções criadas baseadas em experiências passadas ou vindo da imaginação em si, a conexão com a sua Fonte, mas ainda assim, todos esses processos acontecem agora!
Cada momento é imóvel por natureza, nossa consciência vivencia momento após momento, assim como quando nós vemos um filme, vivenciamos frame por frame. Toda experiência é uma possibilidade valida para o universo, a variações geradas pelas nossas escolhas criam infinitas realidades paralelas,
levando em consideração que cada movimento que fazemos é uma escolha, que todo acontecimento é algum tipo de intenção consciente ou não, fica óbvio então que existem infinitas realidades paralelas que nós trocamos infinitas vezes por dia, por hora, por segundo, ou frações de segundo...
Cada realidade paralela pode ser considerada como UM FRAME de todo o “filme” que é o conjunto de todas possibilidades dentro da nossa realidade. 

A maquina do corpo humano foi programada pra se manter em uma linha de eventos similares pra evitar que o programador dentro do corpo fique louco e não exerça sua função como ser limitado.

A idéia de continuidade só existe por causa da ilusão de tempo e espaço. Na realidade, todos eventos são simultâneos, ou seja, existem no agora, esse momento universal é a nossa essência, é o que está observando a si mesmo. Nós somos os observadores, os programadores dessa Matrix, seguindo a ilusão de continuidade por questões de aprendizado, ou simplesmente para termos a experiência de nós mesmos através de infinitos diferentes olhos.
Como o universo segue padrões pré-estabelecidos, é natural pensar que todos momentos já estão de certo modo pré-estabelecidos também, digo de certo modo pois como foi dito antes, isso não diz respeito a sua experiência, essa é a característica desse universo, existem infinitas possibilidades de sequências de eventos dentro dessa estrutura, nossas escolhas que nos direcionam através desse mar de possibilidades, mas toda experiência que nós humanos temos é necessariamente uma experiência no presente, o resto são projeções na nossa mente.

O tempo não está em movimento, os anos de sua vida não foram a lugar algum, VOCÊ FOI!
Nós estamos limitados a receber apenas uma pequena porção de "bits"(informação) porque o nosso corpo não consegue conter tanta energia/informação, isso destruiria o ego antes dele estar pronto pra ser transformado.
Nós somos os programas sencientes criados para vivenciar e descobrir o universo, somos como sementes germinando para um dia brotar pra fora da limitação de Tempo e Espaço, talvez seja por isso nosso planeta se chama Terra, tendo em vista que os ocultistas tem plena consciência disso e a linguagem ocidental tem influencia direta dessas fraternidades. 
É por isso estamos passando por todas essas dificuldades/oportunidades, para aprendermos a sermos Luz na Escuridão e transformar a sujeira que criamos (individual e coletivamente).

Tendo em vista a existência de infinitas possibilidades e de que é a consciência que está atravessando o tempo/espaço, isso então significa que cada pessoa está vivenciando sua própria realidade paralela especifica dentro do Multiverso (totalidade de universos possíveis), isso significa que cada um de nós está no seu própria simulação de realidade, criado pela sua própria consciência.
Obviamente existem eventos onde nossas consciências "colapsam", em outras palavras 
se chocam ou se encontram, mas mesmo dentro desses eventos existem inúmeras possibilidades a serem vivenciadas, e cada consciência vivencia aquilo que for relevante para ela. Nossas simulações estão interagindo umas com as outras para se auto-descobrirem e revelarem seu algo a mais, seus diferenciais.
As escolhas sobre quais experiências serão relevantes não cabem somente ao lado consciente(ego), na verdade a maior parte é feita pelo lado inconsciente(Explicação Sobre a Dualidade). O trabalho do ego é escolher entre as opções oferecidas pela sua Fonte, que é a responsável pela criação da experiência em si, pois tudo está acontecendo dentro da Singularidade, dentro de você. Nossa essência sabe o que é melhor pra nós, pois ela sabe de tudo. Como? Porque ela É TUDO!

A Realidade está dentro da sua Consciência

Importante ressaltar: nada está traçado, o SEU futuro está sempre mudando. Todas possibilidades existem, a sua vida pode tomar qualquer rumo, pra melhor ou pior, o que define como você vai desenvolver o seu caminho e aprendizado é o personagem que você cria pra você, as suas escolhas em geral, o seu estado de consciência, se você alimenta sensações positivas, ou negativas, densas, isso que direciona sua vida.
Essa é a ideia verdadeira ideia da "Lei da Atração", você não só atrai as pessoas pra você, ou atrai as situações em geral, mas você É as pessoas e situações que tem experiencia. Isso não significa que estava traçado conhecer tais pessoas, ou vivenciar tal situação, pois muitas vezes devido a nossas escolhas acabamos por rejeitar ou até nem chegar as pessoas e situações que poderiam mudar a nossa vida pra melhor ou pior.
Nós estamos boa parte do tempo inconscientes das nossas escolhas, mesmo assim elas não deixam de ser escolhas.
O que podemos considerar como destino é a escolha do caminho que você fez a nível espiritual, o ego ainda tem o "livre arbítrio"(que na verdade é uma ilusão) de ignorar o que você oferece a si mesmo (em termos de experiência) e buscar satisfazer os desejos pessoais que ele acredita ser dele. Na Cabala, isso se chama inclinação para o "mal" (principio da segregação) é essa inclinação junto com a inclinação para o "bem" (principio da união) que permite ao individuo perceber a sua escolhas, e esse é o JOGO dessa realidade. Emboras ambos os caminhos são somente uma percepção (ponto de vista, opinião), o que realmente é importante é a lição. Buda ensinava os seus discípulos a caminharem pela estrada do meio, somente essa realmente liberta, pois enquanto estamos presos na dualidade, entre "bom e ruim", "certo e errado", estamos negando parte de nós, o que significa não iluminar a nossa sombra, e essa é a razão do sofrimento em todos os seus aspectos, é a segregação, a exclusão de nossas infinitas partes,

Oráculo explica o Livre Arbítrio ao Neo [Matrix: Reloaded]

  • Sobre o conceito de Ilusão
Ilusão é um termo que é erroneamente associado a mentira. Mas neste caso, o termo significa tudo aquilo que não é a "verdade absoluta", que é a soma de TODAS as verdades relativas.
É interessante compreender que ilusão não é algo “mal”, mas sim algo passageiro, é efêmero. A palavra “Ilusão” vem do Latin “ludare” (brincadeira) ou “iludare”("em jogo"/"brincando com..."), que também deu origem a palavra “iludir”. Todo esse plano físico, e os outros planos também, são ilusões. Não são a verdade absoluta, mas sim uma forma dela. Esses planos foram criados para "deus", ou em outras palavras, nós mesmos brincarmos. Para nós fazermos de conta que somos aquilo que não somos e jamais poderemos ser na realidade.

Tudo é um jogo, é só uma brincadeira, nada é real, todos sofrimentos e alegrias são ilusões, são oscilações criadas para dar a ilusão de movimento e de diferença.
O ego( e você quando acredita que é só o seu corpo ou a sua mente) pode não gostar disso, e achar que é injusto, mas essa não é uma escolha que cabe a nós, seres imperfeitos e incapazes de compreender, através do intelecto, a perfeição da existência. Mas é um erro colocar a culpa no ego, já que o mesmo só faz o que você manda (consciente e inconscientemente). Se o ego nos controla é porque nós demos tal permissão, demos tal poder a essa função mental que chamamos de "eu".

Então se qualquer coisa acontece na sua vida, aproveite ela como uma oportunidade.
Se você se enxergar como vitima (dos outros ou de si mesma) estará apenas se afastando da verdade e entrando em mais “brincadeiras”, e com uma mente indisciplinada e identificada com a vida física não será uma brincadeira divertida pra você.
A realidade física é um espelho do seu estado de consciência, arrume a sua consciência e você irá arrumar a sua vida.

Não Há Evolução Através do Medo
 Para alguns é difícil imaginar que tudo isso é apenas uma ilusão, estamos tão apegados a esse tipo especifico de existência, mas a realidade física é sim um tipo de ilusão mantida pela crença coletiva. Quando entendermos que cada um tem a sua realidade particular, a compreensão da ilusão ficará mais simples e a realidade mais "suave". Mesmo que existam eventos onde encontramos outras consciências dentro das nossas simulações de realidade, as pessoas que encontramos são versões adaptadas pela nossa própria consciência. Dentro desse "colapso", do encontro entre consciências, existem inúmeras possibilidades de experiências, a realidade de cada um depende do que fazemos, vivenciamos o que for relevante para o nosso desenvolvimento.
São as nossas crenças, opiniões, apegos e lições que ignoramos que influenciam em nos manter presos a coisas que dizemos que não gostamos, colocamos a culpa dos problemas enfrentados na realidade como sendo criado por uma causa externa, mas é justamente o oposto, uma, ou inúmeras deficiências internas geraram o desequilíbrio generalizado dos indivíduos, e do coletivo.
Nós criamos a prisão, nós temos que aprender a sair, ou melhor, transforma-la em algo mais produtivo do que prejudicial.

É por essa inconsciência que acabamos ficando presos em ilusões dentro de ilusões, caímos em quase completo esquecimento sobre a nossa essência, ficamos tão identificados com a ilusão que perdemos a parte mais importante de nós, com isso nosso mundo caiu em desgraça e acabamos por atrair as forças que controlam a sociedade atual.

 Gostaria de dar enfase que tentem compreender a existência de realidades paralelas e como isso se aplica na sua vida, como isso afeta a sua percepção da realidade. Devido a nossa aproximação do Ponto Zero, as realidades estão entrando em sincronia,  significa que nossas escolhas estão ficando cada vez mais definitivas e a realidade que iremos vivenciar será cada vez mais marcada pelas nossas intenções.
O Ponto Zero não é o fim do mundo, e nem o começo de um novo, mas sim, um update na nossa consciência e por consequência na nossa realidade, é um período de "não-tempo", onde todas as portas estão acessíveis para todos, por isso é preciso prestar atenção no que desejamos, pois podemos receber e descobrir que não é o que queríamos. Se lembrarmos que é a consciência que está atravessando o tempo e espaço, então se mudarmos nossa consciência mudaremos o mundo que vivenciamos, a realidade que estamos é simplesmente um reflexo das nossas crenças, nossas escolhas, nossa visão do mundo em geral. Isso pode parecer uma coisa difícil de acreditar, mas qualquer um que parar para refletir verá que é possível, e não é só possível, mas extremamente provável.

A Escolha Entre Amor e Medo

Uma das maiores lições aqui na Terra, se não a principal, é responsabilidade, por nossas ações, nossos pensamentos, nossas opiniões, nossos irmãos, nossas escolhas em geral.
Tudo que vivenciamos é resultado de uma intenção, a realidade que vivemos é o resultado das intenções que cultivamos, podemos nos enganar e dizer que somos vitimas da vida, das pessoas, situações, ou até negar a existência de uma parte nossa que desconhecemos, mas isso só fará a nossa situação piorar, e a prova disso está na sociedade atual. Para sermos livres precisamos aprender a lição desse mundo. Precisamos assimilar, unificar, e não continuar segregando e criando cada vez mais divisões.

"Cuide de seus pensamentos; Eles se tornam suas palavras.
Cuide de suas palavras; Elas se tornam suas ações.
Cuide de suas ações; Elas se tornam seus habitos.
Cuide de seus hábitos; Eles criam o seu personagem.
Cuide de seu personagem, ele determina o seu destino."
— Lao Tzu

"Você é o que escolheu se tornar" 
— Carl Jung

"O problema é a escolha" 
— Neo


O funcionamento desse universo de tempo e espaço vai muito além da lógica convencional que estamos acostumados e que podemos ver com os nossos sentidos, o que foi expressado no texto acima é só uma breve analise e não deve ser tomada como algo absoluto, mas sim como um ponto de vista, é preciso sair da caixa e se abrir para todas as possibilidades, precisamos lembrar do nosso infinito poder de criação, e retomar as rédeas da nossa responsabilidade.
É importante entender que todos os mundos imagináveis são possíveis, pois o que não existe não pode sequer ser imaginado.

Não tenho a intenção que aceitem o que foi dito como a verdade absoluta, mas tenho certeza que se pararem para refletir e estudar o assunto abertos para essas possibilidades tratadas irão ver que somente assim as coisas irão fazer sentido, por mais "louco" que esse sentido seja. Lembremos que até a loucura segue padrões, portanto uma lógica, a questão é que nós ainda não captamos os padrões então desconsideramos como sendo algo lógico e racional.

(Edit)OBS: Por comentários de alguns leitores no antigo blog, venho esclarecer que esse não é um "artigo cientifico", mas sim uma perspectiva sobre o modo que a existência funciona, baseada nos meus estudos sobre diversos assuntos. Não tenho a intenção de convence-los da minha perspectiva, cada ser humano é capaz de julgar por si mesmo se quer manter-se aberto para as possibilidades, ou não, eu só estou dividindo uma visão.


Vídeo Relacionado:
A  Disfunção da Vida Após a Morte


Veja também:
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